Do K6 ao K6-3, pouca coisa mudou na arquitetura dos processadores
AMD. O K6-2 trouxe as instruções 3D-Now! Enquanto o K6-3 ganhou um cache
L2 que trabalha na mesma frequência do processador e passou a utilizar o
cache encontrado na placa mãe
aproveitado na forma de um cache L3. Foram melhoradas também as técnicas
de produção, o que permitiu o lançamento de processadores trabalhando à
frequências mais altas. O núcleo do processador, assim como o
coprocessador aritmético porém, não foram
mudados em praticamente nada. Basicamente foram adicionados apenas
alguns "acessórios" ao K6, que o tornaram mais rápido. Durante muito
tempo, a AMD prometeu um novo processador, onde fosse solucionado o
velho problema de desempenho dos processadores AMD
em aplicativos gráficos e que finalmente fosse capaz de apresentar um
desempenho igual ou superior a um processador Intel equivalente em todos
os aplicativos.
Em 1999 a AMD finalmente conseguiu lançar o Athlon (na época também
chamado de K7), uma plataforma completamente nova, que conseguiu
solucionar os principais problemas associados ao K6-2. Apesar de toda a
evolução, todos os processadores AMD lançados
daí em diante, incluindo os Athlon 64 dual-core e quad-core continuam
sendo baseados nessa mesma arquitetura.
As primeiras versões do Athlon utilizavam um formato de cartucho,
muito similar ao usado pelo Pentium II, com chips de memória cache
externos, operando à metade da freqüência do processador. As placas-mãe
utilizavam o slot A, um conector similar ao
usado pelo Pentium II, porém incompatível e com uma pinagem diferente.
O uso de cache externo atrapalhou o desempenho dessa versão inicial,
principalmente se levarmos em conta que na época a Intel já vendia o
Pentium III Coppermine, com cache full-speed, que era mais rápido e mais
barato de se produzir. Para piorar, a AMD
não conseguiu obter chips de memória cache capazes de operar a mais de
350 MHz, de forma que o divisor da freqüência do cache foi aumentando
conforme lançava processadores mais rápidos.
As versões de até 700 MHz do Athlon slot A trazem cache L2 operando à
metade da freqüência do processador. As versões de 750, 800 e 850 MHz
trazem cache operando a apenas 2/5 da freqüência, enquanto nas versões
de 900, 950 e 1 GHz o cache opera a
apenas 1/3 da freqüência.
Esta geração inicial do Athlon ainda era fabricada numa técnica de
0.25 mícron e usava cache L2 externo. A segunda geração, chamada K75 já
utilizava uma técnica de 0.18 mícron e foi capaz de atingir frequências
de até 1.0 GHz. A terceira geração é o
Athlon Thunderbird, onde o cache L2 foi incorporado ao processador. A
quarta geração foi é o Athlon Palomino que incorporou mais alguns
recursos que melhoraram o desempenho do processador e diminuíram seu
consumo elétrico. O core Palomino é utilizado nos
processadores Athlon XP, Athlon MP e Athlon 4 (para notebooks). Ele foi
seguido pelo Athlon Thoroughbred, produzido numa arquitetura de 0.13
mícron e pelo Athlon Barton. A partir daí entramos na era dos
processadores de 64 bits, com o Athlon 64 e
derivados.
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04:18
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